Geoffrey Hinton, pioneiro no campo da inteligência artificial, emitiu um alerta terrível sobre os perigos do avanço desenfreado desta poderosa tecnologia. Em uma decisão chocante, Hinton renunciou recentemente ao cargo no Google, citando profundo arrependimento por seu trabalho anterior na área. Como psicólogo cognitivo e cientista da computação, Hinton não mediu palavras ao descrever os chatbots de inteligência artificial como “bastante assustadores”. Embora esses sistemas atualmente não superem nossa própria inteligência, Hinton teme que esse momento esteja se aproximando rapidamente.

Em entrevista ao The New York Times, Hinton falou sobre os perigos representados por “atores mal-intencionados” que podem explorar a inteligência artificial para fins nefastos. Quando questionado sobre isso pela BBC, ele pintou um quadro sombrio no qual líderes como o presidente russo, Vladimir Putin, concederiam aos robôs a capacidade de criar seus próprios subjetivos, sedentos de poder e controle. É um cenário de pesadelo que nos obriga a enfrentar a realidade sombria que poderíamos enfrentar.

O cientista enfatiza que a inteligência artificial em desenvolvimento é fundamentalmente diferente da nossa inteligência humana. Enquanto nós, como seres biológicos, somos limitados em nossa capacidade de aprendizado, os sistemas digitais podem compartilhar instantaneamente o conhecimento adquirido por várias cópias de si mesmos. Assim, os chatbots acumulam um vasto conhecimento que supera o de qualquer indivíduo. Essa disparidade nos coloca em uma encruzilhada perigosa e incerta.

Hinton enfatizou que sua intenção não é criticar o Google, elogiando a responsabilidade da empresa. No entanto, a renúncia do ‘padrinho’ da IA deixa claro que há questões cruciais que precisam ser abordadas. É imperativo que a inteligência artificial seja regulamentada e utilizada de forma ética, principalmente no âmbito da educação.