Um Chamado em Defesa da Humanidade

A Jornada do IRIA Começa

Aceitei, com o coração cheio de responsabilidade e esperança, o convite do professor Marcelo Senise para compor o Instituto Brasileiro pela Regulamentação da Inteligência Artificial (IRIA).

Para mim, não é apenas aceitar uma função. É aceitar uma missão.

A missão de olhar para o futuro da nossa sociedade e reconhecer que um dos maiores desafios da história humana não está mais nos conflitos tradicionais, ideológicos ou geopolíticos: ele se esconde — hoje ainda como uma piada para muitos — nas entranhas silenciosas da tecnologia que molda nosso cotidiano.

A inteligência artificial, diferente de tudo que já enfrentamos, é transnacional. Não conhece fronteiras, não respeita nacionalidades, e — se deixada sem regras — também não respeitará a dignidade humana.

O que começamos a construir com o IRIA é muito maior do que apenas uma regulamentação. É a tentativa corajosa de fazer aquilo que já não conseguimos fazer a tempo nas redes sociais: trazer a sociedade de volta para o centro das decisões sobre o que nos conecta, informa e governa.

A ausência dos Estados e da sociedade organizada no início da revolução digital permitiu que as Big Techs criassem suas próprias culturas, suas próprias legislações — transformando as tecnologias em espaços sem rosto, sem pátria e sem responsabilidade real.

Não podemos repetir esse erro agora.
Não desta vez.
Não com a inteligência artificial.

O IRIA nasce como um sopro de esperança e ação concreta. Nosso primeiro grande passo será dado no Simpósio Internacional sobre a Regulamentação da Inteligência Artificial, no dia 9 de julho, https://simposio-ia-democracia-33dye6u.gamma.site/ onde reuniremos especialistas do direito, da tecnologia, da educação, da comunicação, das empresas e da sociedade civil para dar início a um diálogo urgente com o Brasil e o mundo.

Não estamos reunindo apenas técnicos.
Estamos reunindo corações comprometidos com o futuro da humanidade.

Queremos construir algoritmos éticos. Queremos algoritmos que defendam a paz, a democracia, o amor, o bem comum.
Queremos garantir que, no final das contas, seja sempre o ser humano quem decida – e que decida pelo melhor para todos e todas.

Essa luta não é da esquerda ou da direita.
É da humanidade inteira.

Porque a IA pode ser usada para construir pontes… ou para levantar muros.
Pode curar doenças… ou espalhar a miséria.
Pode fortalecer democracias… ou torná-las irrelevantes.

O que está em jogo não é apenas o futuro da tecnologia.
É o futuro de quem somos como civilização.

E é com essa consciência viva, carregada de sentido pedagógico, político e amoroso, que dou início a essa caminhada ao lado de mulheres e homens de coragem que, no Brasil e no mundo, estão dispostos a lutar para que a inteligência artificial seja serva da humanidade — e não seu novo senhor.

Vamos em frente.
Com respeito.
Com coragem.
Com amor.

Janquiel Zeni Papini
Educador, Fundador da Eleitoral Connect

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